O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, afirmou esta semana que a política deve passar por um processo de depuração. Para ele, os advogados, como agentes de transformação social, devem atuar para que ocorra a depuração.
Ao lado do presidente da OAB de Goiás, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, Lamachia lançou, na última quarta-feira (18), em Goiânia, o Comitê de Combate ao Caixa 2 e por eleições limpas daquela seccional. O ato faz parte de uma campanha nacional da OAB que lançará comitês por todo o país com o propósito de fiscalizar o pleito deste ano e receber denúncias.
“Este é um momento de muito simbolismo para a OAB, mais uma campanha importantíssima. É a OAB, novamente, dando sua contribuição para a sociedade brasileira”, disse Lamachia. “Este comitê tem um significado muito especial para a OAB. Não acho que o problema que nós temos seja o da crise econômica e ou da crise política. O que temos hoje é uma crise ética e moral sem precedentes e precisamos atacar exatamente este ponto”, declarou o presidente nacional da OAB.
O comitê será presidido por Simone Oliveira Gomes. O vice-presidente será Januncio Januario Dantas. "A campanha nasce no Conselho Federal. O combate ao caixa dois se dará mediante criação dos comitês. Este comitê tem o objetivo de estar presente em cada município de Goiás fiscalizando as campanhas políticas para assegurarmos que o voto será baseado na convicção e não conquistado pelo poderio econômico”, disse o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva.
Ao falar sobre o que chamou de “crise ética e moral sem precedentes”, Lamachia afirmou que ela começa justamente na política. “E quando digo isso não estou a demonizar a classe política. Muito pelo contrário. Todos sabemos que não há democracia sem política e não há política sem políticos. O que queremos é depurar a política. Queremos a boa política. Queremos o representante do povo que esteja à altura da responsabilidade do seu compromisso. Para que isso aconteça, temos também de trazer à sociedade brasileira, e notadamente a nós advogados, uma responsabilidade maior dentro deste contexto”, defendeu o presidente nacional da OAB.
Papel dos advogados
Lamachia enfatizou no debate o papel dos eleitores no processo político e mesmo criticando a classe política, o presidente fez questão de questionar também o papel da população na resolução da crise. “A Constituição é clara em dizer que o poder emana do povo e se ele emana do povo, será que nós não somos os maiores responsáveis por tudo isso que está acontecendo no Brasil hoje? Porque nós elegemos essas pessoas que estão aí para nos representar. Somos os responsáveis por essas pessoas estarem exercendo seus respectivos cargos públicos”, afirmou ele.
O presidente nacional da OAB falou especificamente do papel dos advogados neste contexto. “Somos advogados e como tal somos agentes de transformação social. Temos de cumprir nosso papel e nossa missão neste momento. Por isso, quando lançamos um comitê como este, com este caráter, com esta abrangência, temos de ver a história disto também”, declarou ele, que citou outras iniciativas da OAB no debate político histórico com exemplos recentes, como o apoio à Lei da Ficha Limpa e à Lei anti-corrupção “que teve um trabalho efetivo da OAB no Congresso Nacional para que ela fosse aprovada”.
Segundo Lamachia, o ponto central que liga a OAB à iniciativa de constituição dos comitês de combate ao caixa dois foi a ação da Ordem no Supremo Tribunal Federal que resultou no fim do financiamento de campanhas eleitorais feito por empresas. “Sabemos hoje e está em todos os jornais a real razão da corrupção eleitoral, que é o financiamento de empresas. Porque empresa não doa, investe. Sabemos disso e está demonstrado por tudo que está acontecendo. Este papel coube mais uma vez a nossa instituição, a OAB”, destacou Lamachia.
“Mais uma vez a OAB mostra que, nos seus 85 anos de relevantes serviços prestados à nação, não faltou ao Brasil. Mais uma vez a OAB mostra que sua história está comprometida com a democracia. Que o seu compromisso é com o Brasil e que sua ideologia é a Constituição Federal”, disse ele.
Fonte: Conselho Federal
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